Eu, grammar nazi, me apresento…

Tenho um grave problema que se chama : estar sempre a corrigir os erros das pessoas. É uma cena que não consigo evitar. Quando oiço a palavra “téni“, a expressão “há-des cá vir” ou até “quero umas meias quaisquereso meu estomâgo começa a entrar em erupção e o meu cérebro começa aos pinotes dentro da caixa craniana. 

Não tenho culpa que as pessoas falem mal (como é que é possível falarem mal uma língua que conhecem desde sempre?!) e não tenho culpa de ter esta pequena falha. Eu juro que os meus ouvidos começam a sangrar com um “não te esquecestes de nada?” ou com um “vem mais eu!”. Gente, NÃO! Parem de assassinar a língua do Camões, caramba. Vem um gajo meio cego atravessar o Atlântico, com uma obra como os Lusíadas, para depois vocês todos andarem a escrever “à 10 anos que não vou a casa”. Nossa-Senhora-Jesus-Cristo, podem parar por favor? 

Isto tudo para dizer que estou a ficar proibida de corrigir os meus amigos, sob pena de se deixarem de dar comigo. Graças a Deus que não falam com erros on a regular basis, mas às vezes é com cada um… Isto tudo para dizer que, de agora em diante, a minha vertente de grammar nazi terá que ser atenuada, terá que passar para o silêncio da minha mente e deixar o coitado de Camões e do Pessoa a dar pulos na campa.

 

P.S. Para as pessoas que dizem téni em vez de ténis aqui fica um conselho: também chamam lápi ao lápis? Também acham que o singular de Carlos é Carlo? Não? Então deixem-se de merdas e comecem a falar como gente crescida! 

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